18 setembro, 2009

como os outros

Como todos os outros, eles tentaram ir a novos restaurantes e novos motéis. Mas ela ficava desconfortável, preocupada em agradar, e ele se chateava. Tentaram trepar em lugares públicos, o cúmulo depois que pensaram sobre. Era desespero. Era por desespero que se obrigavam a preocupar-se um com o outro. Início de fim, ele disse pra si mesmo quando o pau não subiu e ele teve vergonha de dizer que naquela noite não dava. Ela também nem estava molhada, ele não notou. Antes. Antes o pau era duro, ela molhada e ele não tinha vergonha de falar que não queria naquela noite, ela entendia: beijinho e dormir abraçado.
Tiveram amantes, mais ela do que ele, mas piorou. Ambos, separadamente, notaram que estavam se apaixonando pelos amantes e a intenção era temperar o casamento. Isso existe? Pra personagem tudo existe. Depois, então, o divórcio saiu rápido porque não tinham filhos, que sorte. Ela emagreceu, ele aprendeu a dançar. Casaram. Ela com a Ana, ele com a Julia. E foram amantes um do outro.

2 comentários:

John Rômulo disse...

Meu Deus! que loucura...Deliciosa rs !

parabéns


meu blog: www.johnrmulo.blogspot.com

Ana T. disse...

intenso. e triste.
"Era por desespero que se obrigavam a preocupar-se um com o outro."
adorei, muito!