25 agosto, 2011

esse tal de alter

Ele vai partir. Sim. Ele vai deixar de existir.
(momento ritualísticamente dramático. Pra acostumar com a ideia).

18 agosto, 2011

rraicaiki

O destrato
de fato
é pensado ato

16 agosto, 2011

autoimplicação!

Das duas uma, ou Ela é uma grande vaca nazista, ou seu umbigo realmente é superior ao universo inteiro. Tudo que é geral na cabeça d'Ela vira vida de modo próprio. Tudo sobre si é que lhe interessa, e isso tá Lhe parecendo uma puta perda de tempo.
O mundo lá fora tem mais, gatona.

Trem;

Naquele trem ninguém vê. Aquele trem abstrato tem por trato o não lugar. A ação comedida, o medo transparente e a in certeza, do saber ter que crer em alguma coisa que valha a viagem, a mudança de rota, o descaminho, o deseixotado.
Descarado! eles não sabem que o medo é dom do inteligente? do que faz jus e se importa com o tal do dom divino, o tal prazer do cuidado e do protegimento nos seios da mãe?
No medo é que mora o enfrentamento. a cegueira é onde mora o enxergamento.
Não adianta desmamar para ver o algo nocivo, o conhecimento e o atiramento de si em balas de revolver. Não atirem seus corpos contra as balas, caros, voltem pra estação, voltem para casa, voltem pro seio, voltem a ver o que lhes é palpável. Fartamente palpáveis seios de leite. O trem não os levará a ambiente mais confortável. Não dará a vocês nem um pouco de conforto quando verem a si frente a frente em confronto. O lugar que não é tornarão vocês os seres que não são. Voltem e parem de bancar o ser inflado, arrojado, desmedido, desmedroso, repleto, deseixoso e asqueroso de ego,

disse O Velho Safado

Disse O Velho Safado, provavelmente bêbado de seu gim, que quem não sabe fazer arte
não sabe entender arte
e que é bom ter cuidado com homens e mulheres comuns.
Ela toma, meu Velho. Ela toma. constantemente Ela se defende d'Ela mesma. Entre um trago e um café que Ela toma, Ela coça a nuca com movimentos comuns e seca seus pensamentos com atitudes mais que comuns. Aí Ela ouve a Ella e dança com o nada, dança com a vassoura, dança com o diabo, dança consigo, dança com Ele,
dança
Ela, de tão comum, por ser comum, um dia dança

11 agosto, 2011

Espaço no chão

Os sons de abraços não se ouvem. Estão todos em fila lutando devidamente por seus espaços no chão enquanto o chão se pergunta "por que eu?".
Estão todos devidamente trajados e ensinados, conjugando ótimos verbos e redecorando ótimos versos, enquanto os poetas se perguntam "por que o meu?"
Estão todos devidamente sorridentes e de braços abertos, acotovelando decentemente os cotovelos alheios enquanto estudam mentalmente um método de assassinato em massa.
um deles tira uma caca do nariz e a come devidamente saborosa. vários olham, mas passa.

05 agosto, 2011

boneca

O assassino entrou pela janela e matou a boneca que Ela tinha construído para se vestir. Ele a matou a facadas e não deixou chances a reconstituição.
ha!
Como se ela quisesse.

metro quadrado

isso tudo é o caos
fico eu abanando os braços, querendo um metro quadrado de solidão

04 agosto, 2011

o que fica

Das várias
fica aquela
foi-se ação
mantêm sequela

02 agosto, 2011

Eles se tocaram

Ela e Ele se tocaram e não se sabe o quanto aqueles gestos foram inesperados. Eles se tocaram pela manhã enquanto todos que estavam perto ao menos fingiam não estar. Eles se tocaram e aquilo provocou Nela as necessidades que tanto a importavam. Eles se tocaram como poderia ter acontecido muito tempo antes ou depois. Mas, pelas regras, não agora. Ela gostou, estranhou e duvidou. Parou pelas regras, mas duvida.