25 setembro, 2009

gol

Se você ganhasse um assim ó, me daria umas coisas da feira e um dinheiro pra uma sopa pramanhã. dá? Vai chegar cansado, sopa boa, mas não adiantava falar que ele teimava em ver o fla flu em cima da mesinha. Saco. E eu ainda me perguntava da dor no pescoço, deve ser o travesseiro, bem. tá velho, vê? Gol! Viu nada, viu nada sempre. Falo da janta, feijão do jeito que você gosta. mas ele pega só os bifes durante o intervalo pro segundo tempo e faz uma porção apimentada, estilo buteco, que ele me xinga de não ir. feijão esfria e fica pra mim. comer sozinha, e sem mistura.
recolher as roupas do lado da privada, onde já se viu. Parece um porco. Quando a gente era novo, olha que bonito gente: vestidinho verde e ele de camisa branca. A barba eu gostava, era charme. Agora. Porco. Me dava flor de laranjeira antes: olha só que bonito, vê? Ele me amaldiçoa porque fizeram gol, porque meu bem? Gol. Ah. Falta o que? Empurrão de homem no campo é falta. Falta de vergonha, falta do que fazer, só pode. Deixa pra lá esse porco. Fazer o que? Casei na igreja, não sou mulher de chilique. Fazer o que? só se eu fizesse gol pra ele olhar mesmo em mim.

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