28 fevereiro, 2009

more vodka

Álcool, além de lubrificante social, é lubrificante sensual.

poema que não o é (modificado)

eu deveria ter editado o texto já publicado
Mas sou chata e vou fazer diferente, que é mais legal



O mundo me joga
me atira, me arranca
me amassa, ameaça e come
deglute, rasga e cospe
o mundo se atira em mim


é bom que seja assim
pois não sendo, eu não teria medo da morte


deixa assim certa marca em mim
e enlouquece minha vida com certas caras e bocas tortas
pessoas andando de lá pra cá
que acham, certamente, que eu esqueci de cumprimentar
(deve ser por essa cara de quem chega pra não entrar)

remoem minhas vísceras deliciosamente
e jantam o meu almoço sem fome e sem peso

e nos botecos deste lugar redondo
entre poças suas e minhas covas
aqui
entre pernas, entranhas e divindades
eu me faço realidade

26 fevereiro, 2009

Charmoso

Venta um sopro sensual
do céu aberto desde as entranhas
A luz do sol queima a si mesmo
no meio das pernas,
por cima do chão,
esfregando-se nele
oferecendo-se quente
soprando o sensual
para atiçar

Abra




Maria!

Abra as portas e as janelas


abra a casa


para o caso entrar

Se...

E se soubéssemos hoje o quão entediante/fatigante aquela pessoa se tornará para nós, e o quanto ela irá nos exaurir..





Viveríamos tudo do mesmo jeito.

22 fevereiro, 2009

sobre sobre

Estamos no momento em que tudo se tranforma no quase intransformável.
Tira-se algo pensado, que no fundo nada quer dizer, do eco de idéias infundadas.
Fala-se muito, canta-se algumas palavras comuns e nada se inova - a si mesmo? ou a eles próprios? - de forma a trazer futuramente novas inovações (ênfase desimportante que ao invés de explicar torna-se somente um ressalto).
A te a la le a la
Ao meio dia já se tem falado todas as palavras comuns, e feias, que serão ditas pelo resto do dia.Triste, não?
E nada se cria. (é criado ou cria-se a si mesmo? Outro ressalto desnecessário)
A téa la le a lu
Enfim, sem novas palavras, sem uma transposição necessária para a criação linguística nada além de desejos de mudanças são criadas. Tornamo-nos habitualmente grandes jeguerês.
A té a la lu a
Sem também a deliciosíssima sensação de dizermos uma palavra que se explique por si mesmo. Digo, uma palavra que significa simplesmente a sensação que temos ao ouvi-la.
Até a lua!

Enfim... No mais,
é fim.
Não mais.

(este texto sofrerá com mudanças)

16 fevereiro, 2009

poema que não o é

O mundo me joga
me atira, me arranca
me amassa, ameaça e come
deglute, rasga e cospe
o mundo se atira em mim

é bom que seja assim
pois não sendo, eu não teria medo da morte


deixa assim certa marca em mim
e enlouquece minha vida com certas caras e bocas tortas
pessoas andando de lá pra cá
que acham, certamente, que eu esqueci de cumprimentar
(deve ser por essa cara de quem chega pra não entrar)

e nos botecos deste lugar redondo
aqui
entre pernas e divindades
eu me torno realidade

10 fevereiro, 2009

Medo de escrever muito sobre coisa pouca

Alimento para cabeça vazia
Caneta nervosa
Apoio de ânsia cínica
Frases cortadas e soltas
Nasce algo tosco requentado
Que dá vergonha de comer
Vira de lado e olha pra cima
Disfarça e dá ponto final
Com palavra que não rima

06 fevereiro, 2009

Lamento Insípido

O que faltou?

- Sal e pimenta agosto
naquele setembro.