16 fevereiro, 2009

poema que não o é

O mundo me joga
me atira, me arranca
me amassa, ameaça e come
deglute, rasga e cospe
o mundo se atira em mim

é bom que seja assim
pois não sendo, eu não teria medo da morte


deixa assim certa marca em mim
e enlouquece minha vida com certas caras e bocas tortas
pessoas andando de lá pra cá
que acham, certamente, que eu esqueci de cumprimentar
(deve ser por essa cara de quem chega pra não entrar)

e nos botecos deste lugar redondo
aqui
entre pernas e divindades
eu me torno realidade

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