28 fevereiro, 2009

poema que não o é (modificado)

eu deveria ter editado o texto já publicado
Mas sou chata e vou fazer diferente, que é mais legal



O mundo me joga
me atira, me arranca
me amassa, ameaça e come
deglute, rasga e cospe
o mundo se atira em mim


é bom que seja assim
pois não sendo, eu não teria medo da morte


deixa assim certa marca em mim
e enlouquece minha vida com certas caras e bocas tortas
pessoas andando de lá pra cá
que acham, certamente, que eu esqueci de cumprimentar
(deve ser por essa cara de quem chega pra não entrar)

remoem minhas vísceras deliciosamente
e jantam o meu almoço sem fome e sem peso

e nos botecos deste lugar redondo
entre poças suas e minhas covas
aqui
entre pernas, entranhas e divindades
eu me faço realidade

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