Algo enche de você os cantos. Os meus e os da cozinha onde te esperava. Alguma coisa faz você se expandir até o corredor, mas não tem; então eu espero sem olhar, pra não saber que falta algo.
Alguma coisa faltou antes ainda dos dias e noites na cozinha. mas faltou de corpo presente. o corpo que saia pelo corredor.
Foi ruim, mas depois que eu aprendi a conviver com a cozinha o corredor não assusta tanto. Eu vi quando você deu as caras no quarto, mas eu não quis tirar o encanto. no quarto não é lugar de se estar. vir pra quê? Vai pra sala que eu te dou um vinho e a gente dança um tango. A gente flerta, depois cada um volta pro seu cômodo. Eu não me incomodo. Essa sua mania de levar as coisas a sério...
Você pode encher os cantos, mas o centro não. você não é tanto sem minha paixão ignorante. Você tá no canto e o centro é meu. Ah o centro. o centro sou eu no centro na cozinha olhando o corredor.
(vai mudar)
27 maio, 2009
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