11 outubro, 2009

Da teoria

Três horas depois ele se deu conta de que tinha esquecido o motivo da conversa. Perdeu-se no caminho assim que o barbudo da cadeira do canto esquerdo lhe questionou o motivo de toda teoria. Não havia, ele sabia.Mas pensava que quando a teoria é boa ela se vale da beleza da auto criação. O barbudo do canto esquerdo convenceu os outros doze, barbudos ou não, e ele teve apenas mais quarenta minutos para se explicar. Insuficientes, já que explicar motivos requer mais intensidade dialética que explicar o fato em si. Ele decidiu, então, deixar a barba crescer, porque questionar os motivos dos outros requer menos tempo e intensidade dialética do que criar e ter motivos.

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