Brega
Sejamos bregas
façamos
sejamos
e leiamos
bregas
31 julho, 2012
20 julho, 2012
cortina
Não falo o suficiente como quando a garrafa de vinho fica vazia. Não danço o suficiente como quando fico sozinha. Não canto o suficiente como quando a casa dá eco. Enfeites de cabeça, maquiagens de corpo, roupas estandarte. Pra que, se o meu puro é muito mais?
19 julho, 2012
bar e biritas
Quero um dia ser garçonete
de Cochabamba bar e
biritas
conquistar mil almas
partidas
findar a minha partida em
sete
deliciar o andar de mesa
em mesa
sem deixar de mão em mão
receber 999 cartas de não
cheia de história sumir
de nau inglesa
16 julho, 2012
melhora
a subjetividade toma conta e todo mundo sabe a dor que é. o frio tem ficado gelado demais. os esperançosos tem se dado o direito de reclamar. até eu me pego no apego. e quando a falta de fé é proclamada e compartilhada, toda legião - não numerosa - de crentes, fica contamidada. mas passa. é coisa de hora.
acreditar é doença que fica latente e no próximo sol quente
melhora
acreditar é doença que fica latente e no próximo sol quente
melhora
14 julho, 2012
ela no fundo
Sou o cântico de ninar
é minha paixão plena pelas duas
que se fazem mil e uma
E a cada uma
Uma fenda que se funda
Eu preciso das mil e duas fendas
Pra achar, breve, volátil, no fundo
ela, persona, sorrindo pra cima, imunda
Lateja-me assim:
e
sou a dama puta que
dormente se apavora com a pergunta
Em qual delas erro mais?
Se me tornando as duas
Sei. nenhuma sou demais
a realidade delas cruassou a dama puta que
dormente se apavora com a pergunta
Em qual delas erro mais?
Se me tornando as duas
Sei. nenhuma sou demais
é minha paixão plena pelas duas
que se fazem mil e uma
E a cada uma
Uma fenda que se funda
Eu preciso das mil e duas fendas
Pra achar, breve, volátil, no fundo
ela, persona, sorrindo pra cima, imunda
Lateja-me assim:
em mim você não erra
eu é que te sou
Na fenda funda dessa terra
10 julho, 2012
dágua
O
mundo, apesar de inquisitor de mim, não tem me deprimido mais. Mas esse peso no
peito, esse coração acelerado, essa iminência de enfarte e a enorme necessidade
de afastamento, tudo isso, tem deixado tudo mais opaco. A arte cava diariamente
um poço mais profundo em meu coração e, a cada dia, os baldes tem saído com
menos água. É não ter o poder de fazer nas mãos que me consome, mas menos do
que o medo que sinto, o medo dos indecisos. Eu sinto demais, fisicamente, cada
pensamento afoito a respeito do que se deve ser feito. Não tenho culpa dela ter
aparecido - todos os dias me culpo por ela ainda tomar lugar aqui. O mundo
realmente não tem me deprimido, mas me cansado. O poço cada vez maior e largo,
os baldes mais sedentos. Recebem três
pares de gotas a menos a cada retirada. Todos meus sensos intensos perdidos na
nova paixão, na antiga tristeza do nem ser.
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