Papai Noel, me desculpa mas você generalizou as cartas.
Eu sei que é meio anormal, mas eu não pedi um amor. Eu pedi uma bicicleta mesmo.
31 maio, 2009
29 maio, 2009
Se eu quiser eu faço a chuva
Porque o que determina o sentido das coisas é a distância que cada coisa tem com a outra, por isso seu caráter hermético. E o que separa essas distâncias é o tempo que eu levo para ir de uma para outra. E eu me visto de vermelho e vou às cegas.
27 maio, 2009
Teresa
Veja bem Teresa. Lá em casa não sou só eu. Se fosse eu te levaria, com certeza. Que bom que entende. É bom que não pára de sorrir, a causa da sua beleza tanto no escuro quanto de luz acesa.
Eu chego na sua... você cozinhando e eu na rede gritando, sai dessa tristeza Teresa.
Você responde me chamando pra ir pra mesa. E me traz esse torresmo, o seu gostoso torresmo à milanesa. Eu me sento, eu te miro ir da pia até o fogão. Aguentar é dureza, Teresa.
Eu chego na sua... você cozinhando e eu na rede gritando, sai dessa tristeza Teresa.
Você responde me chamando pra ir pra mesa. E me traz esse torresmo, o seu gostoso torresmo à milanesa. Eu me sento, eu te miro ir da pia até o fogão. Aguentar é dureza, Teresa.
na cozinha
Algo enche de você os cantos. Os meus e os da cozinha onde te esperava. Alguma coisa faz você se expandir até o corredor, mas não tem; então eu espero sem olhar, pra não saber que falta algo.
Alguma coisa faltou antes ainda dos dias e noites na cozinha. mas faltou de corpo presente. o corpo que saia pelo corredor.
Foi ruim, mas depois que eu aprendi a conviver com a cozinha o corredor não assusta tanto. Eu vi quando você deu as caras no quarto, mas eu não quis tirar o encanto. no quarto não é lugar de se estar. vir pra quê? Vai pra sala que eu te dou um vinho e a gente dança um tango. A gente flerta, depois cada um volta pro seu cômodo. Eu não me incomodo. Essa sua mania de levar as coisas a sério...
Você pode encher os cantos, mas o centro não. você não é tanto sem minha paixão ignorante. Você tá no canto e o centro é meu. Ah o centro. o centro sou eu no centro na cozinha olhando o corredor.
(vai mudar)
Alguma coisa faltou antes ainda dos dias e noites na cozinha. mas faltou de corpo presente. o corpo que saia pelo corredor.
Foi ruim, mas depois que eu aprendi a conviver com a cozinha o corredor não assusta tanto. Eu vi quando você deu as caras no quarto, mas eu não quis tirar o encanto. no quarto não é lugar de se estar. vir pra quê? Vai pra sala que eu te dou um vinho e a gente dança um tango. A gente flerta, depois cada um volta pro seu cômodo. Eu não me incomodo. Essa sua mania de levar as coisas a sério...
Você pode encher os cantos, mas o centro não. você não é tanto sem minha paixão ignorante. Você tá no canto e o centro é meu. Ah o centro. o centro sou eu no centro na cozinha olhando o corredor.
(vai mudar)
23 maio, 2009
A falta de noites bem dormidas causa cansaço, dores musculares, raiva, ódio e vontade de matar. A pessoa pode apresentar tendência a ouvir Deep Purple intercalado com Mônica Salmaso. Não consegue entender Tom Zé. Não consegue entender uma frase que seja dita apenas uma vez. Não consegue achar fofa nenhuma foto de gatinho/cachorrinho de power point de auto ajuda. Apresenta distúrbio oral. Em alguns casos também apresenta sintomas de sonolência.
18 maio, 2009
woman sapiens sapiens
Quanto mais inovações nos ferros de passar e nas máquinas de lavar roupas, mais conservados permanecerão os sutiãs.
Queima-los por quê?
Queima-los por quê?
mono sentido
o sexo aguça o sexo, que aguça o sexo, que aguça o sexo. e é quando não pode, ele vem. e a gente se fode.
Pó.ética
- Aqui tá tão poético.
- Cansa...
- Este lugar cansa!
- Tem pó aqui.
- Porque é poético.
- Tão velho.
- Poeta não tem moral...
- Acho que...
- Sem poema!
- É mesmo uma falta de ética.
- Minha?
- Sua.
- E o pó?
- É pó. E sem ética.
- Pó?
- E ética.
- Cansa...
- Este lugar cansa!
- Tem pó aqui.
- Porque é poético.
- Tão velho.
- Poeta não tem moral...
- Acho que...
- Sem poema!
- É mesmo uma falta de ética.
- Minha?
- Sua.
- E o pó?
- É pó. E sem ética.
- Pó?
- E ética.
da Clau 3
Eu tava feliz. Eu tava. Dava umas risadas, sabe? Daquelas que a gente vê e pensa no que a pessoa pode estar pensando? Não que eu tenha me visto... Mas eu tava feliz. E ri.
Eu não sabia que as pessoas não estavam prontas. Eu não sabia que era difícil ouvir que eu tava indo embora por culpa minha. Culpa minha de ver que eles eram ridículos.
Mas eu tava feliz, isso não convencia?
Clau
Eu não sabia que as pessoas não estavam prontas. Eu não sabia que era difícil ouvir que eu tava indo embora por culpa minha. Culpa minha de ver que eles eram ridículos.
Mas eu tava feliz, isso não convencia?
Clau
dia de
Hoje é dia de feder. É. Feder a minha carne até apodrecer o nariz dos outros. Hoje é dia de acariciar as baratas do banheiro. Hoje é dia de enfiar a mão no ralo e trazer refugos nas unhas. Hoje é dia de guardar os sapos na geladeira. Dia de matar ratos em ratoeiras, em cima da cama. É dia de ouvir o choro dos ratos que não querem morrer. Hoje é dia.
Feder,
Foder
Fazer
feio.
Feder,
Foder
Fazer
feio.
14 maio, 2009
Só
Saio ao sol
solta, sorrindo
sentindo os sentidos
Páro, olho, viro, rio, volto.
Sou eu mais uma figurante.
Só eu sei, mas são tantos.
Só eu vejo
Eu vejo
Ou seja: olho e sinto
Tem uma sombra que não me segue
Eu sei, mas não olho.
Páro, penso e volto.
Não olho. Mas penso e sinto.
então vejo?
solta, sorrindo
sentindo os sentidos
Páro, olho, viro, rio, volto.
Sou eu mais uma figurante.
Só eu sei, mas são tantos.
Só eu vejo
Eu vejo
Ou seja: olho e sinto
Tem uma sombra que não me segue
Eu sei, mas não olho.
Páro, penso e volto.
Não olho. Mas penso e sinto.
então vejo?
11 maio, 2009
04 maio, 2009
Ato feito
Minhas mãos cravaram as unhas no ar
e fez-se sangue na transparência
formulei meu discurso de desculpas
e assim que decidi falar
o grito espantado lento seco
fartou a língua leve
e fez-se sangue na transparência
a que mostrava sua imagem
esperei a eternidade de algumas horasformulei meu discurso de desculpas
e assim que decidi falar
o grito espantado lento seco
fartou a língua leve
na qual faltaram freios
esbarrou-se nos dentestão alvos os tais alvos!
cravou-se silêncio nos ouvidos alheios
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